Serviço de Acolhimento Taboão realiza oficinas socioeducativas para assistidos

Segunda, 25 de Junho de 2018 - 18:00

O Serviço Institucional de Acolhimento Adulto Masculino – Taboão, conhecido como Casa de Acolhimento Taboão (Albergue Taboão), está promovendo oficinas socioeducativas para os assistidos, como a “Horta – Veia do Acolhimento” e Artesanato. A iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, visa aumentar a autoestima, trabalhando as potencialidades individuais, promover independência e socialização, retomar o desejo pelo convívio familiar e incentivar a geração de renda individual ou em grupo, além de desenvolver a consciência sobre a preservação ambiental e alimentação saudável.

O secretário da pasta, Alex Viterale, destacou a finalidade das oficinas na Casa de Acolhimento. “Elas têm a finalidade, não só, de resgatar os vínculos dos atendidos com a natureza e o trabalho em equipe, mas, principalmente, buscar uma nova vida com a reinserção deles na sociedade, através de atividades do dia a dia que envolvam trabalho e, também a participação de todos no cuidado com o novo equipamento,” afirmou o gestor.

Já a diretora de Assistência Social, Patrícia Lins, disse que o projeto Horta pretende trabalhar com os atendidos em todas as esferas, desde a interação do convivente com os outros conviventes e funcionários, até trazer a comunidade para conhecer e participar das atividades da Casa de Acolhimento. “Esta interação possibilitará resultados positivos na vida dos conviventes e em toda a comunidade, com a mudança de visão e cultura mais participativa e acolhedora”, ressaltou a diretora.

Segundo a responsável pelo projeto, a assistente social Maria do Roccio da Silva Gomes dos Santos, a proposta é fruto de uma pesquisa realizada entre os assistidos, que desejavam autonomia, saúde e sair daqui em condições dignas, em um canto próprio. “O acolhido é um cidadão de direito que tem uma história de vida e estamos respeitando isso, a vontade deles em trabalhar com a terra. Essa vontade foi detectada na avaliação técnica do histórico de vida de cada um”, disse Roccio.

Ela contou também que a proposta da horta mobilizou a comunidade do entorno. “As pessoas passaram a ter um olhar positivo com o Serviço de Acolhimento, abrindo uma janela de oportunidades. Comerciantes locais doaram caixotes de madeira que utilizamos na identificação das hortaliças e no cercado; mães de alunos da Escola Municipal Irmã Ofélia, com experiência em horta e minhocarios, voluntariamente estão nos auxiliando, entre outras colaborações que estamos recebendo”, explicou a assistente social. Roccio disse ainda que com a horta, o tabagismo entre os assistidos diminuiu e melhorou a convivência entre eles.

Com experiência de trabalho na roça de quando vivia em Cuiabá (MT) e Nazaré Paulista (SP), Rubens Batista de Oliveira é um dos conviventes. “Fui caseiro e gosto de lidar com a terra. Fiz o primeiro canteiro aqui e agora estou feliz, sossegado. Durmo melhor”, contou Rubens.

José Maria de Souza, de 64 anos, vive na Casa de Acolhimento Taboão e participa da oficina de horta ativamente. “Meu serviço era trabalhar em lanchonete e padaria, tanto na cozinha como no balcão. E aqui estou fazendo as cerquinhas para cercar o canteiro de compostagem (adubo orgânico). É uma terapia pra gente”, disse José.

Inaugurado no fim de novembro passado, ao lado do Restaurante Popular Solidariedade Josué de Castro, o Serviço acolhe pessoas em situação de rua e funciona 24 horas. Abriga hoje 22 homens com idades entre 33 e 70 anos, devendo receber na próxima semana mais oito. Lá, os acolhidos também participam de caminhadas pelo entorno e de conversações, onde tem oportunidade de contar suas histórias de vida e seus anseios.

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Imagens: Fabio Nunes Teixeira/PMG